quarta-feira, 14 de dezembro de 2011





12/12/2011 - Dia do Discipulador - O Relacionamento do Discipulado:

Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. Mateus 28:18-20

Primeira: A ordem que temos é fazer discípulos, e não somente converter pessoas. O convertido é diferente do discípulo. O convertido é o que passou pela porta; o discípulo é o que está no caminho, entre a porta e o alvo, sendo transformado e sendo tratado pelo Senhor. Digo isso porque alguns consideram que “ganhar” pessoas é o principal objetivo do discipulado. Jesus, no evangelho de Mateus (28:18-20) nos exorta a pregarmos o evangelho, mas também a cuidarmos das pessoas. Ensinando aos que ganhamos a guardarem o que receberam.

Segunda: A função do discipulado não é “tratar” as pessoas; É levar as pessoas a se “espelharem” na vida de Cristo. O discipulado não é uma sessão de terapia psicológica. O discipulador deve entender que o discípulo só crescerá se o Senhor estiver envolvido no processo de tratamento.

Terceira: O principal objetivo do discipulado é levar o discípulo a crescer; levar o discípulo a ter sua experiência com o Pai; levar o discípulo a ter relacionamento com o Espírito Santo. Jesus é o caminho. Caminhar no caminho é experimentar no dia-a-dia a vida de Cristo. E a função do discipulado é “provocar” esse relacionamento entre o discípulo e Cristo.

Quarta: O discipulado é dinâmico quando o discípulo ganha com isso e cresce. Ser discípulo implica em crescer porque crescer faz parte da dinâmica da vida. Paulo disse aos Gálatas que eles deveriam ser mestres, ou seja, eles deveriam ter crescido. Crescimento não é tempo de reino. Crescimento está relacionado á maturidade, ou seja, se parecer com Cristo. Temos que nos preocupar se temos pessoas conosco, há anos, que não saem do mesmo lugar. Todo discípulo que tem uma experiência pessoal com o Senhor, cresce.

Quinta: A relação do discipulado é baseada numa relação de paternidade. São pessoas, que estavam sozinhas, no mundo, desorientadas, e que encontraram no seio da igreja, homens e mulheres dispostos a darem suas vidas. Isso é uma relação de pais e filhos. Não há espaço para reuniões formais que estejam fora do contexto familiar. Não há espaço para individualismo, nem caminhadas solitárias.

Sexta: A autoridade do discipulado não é uma escala de valor, e sim uma escala de serviço. Em I Pedro 3:7 Paulo diz que o homem é o cabeça da mulher, mas ambos, são herdeiros da graça. Assim é o discipulado. De maneira nenhuma a nossa visão pode permitir que no discipulado alguém exerça senhorio sobre o outro. O correto é que no discipulado um ensine e o outro aprenda. É transmissão de vida, não de poder. Nesse relacionamento não pode haver autoritarismo, nem imposição, tampouco manifestações pessoais sobre o discípulo.

Sétima: Nesse relacionamento não há espaço para “preferências”. O discipulador não tem a preferência de ser “procurado”. Não deve haver frases do tipo: “É o discípulo quem corre atrás... É o discípulo quem procura o discipulador...” Precisamos entender que o discípulo deve correr atrás de Cristo. E somente. O discipulado é uma relação de paternidade. Ninguém tem a preferência sobre o outro. O discipulador deve procurar o discípulo por ter um coração de “pai”. Por outro lado, o discípulo deve procurar seu discipulador por entender que necessita de alguém que o oriente e o ajude na sua caminhada. É uma relação de mão dupla.


Com carinho Apóstolos Antônio José e Rita Farias


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